quinta-feira, 2 de maio de 2024

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Dorival

(*) Homenagem póstuma ao craque Dorival

 

Dorival Rosa Correia nasceu em Goianésia (GO), no dia 2 de maio de 1965.

Em 1982, o Ceilândia voltou a disputar o Campeonato Brasiliense após se licenciar e não disputar o campeonato de 1981. Num plantel totalmente renovado por Eurípedes Bueno de Morais, um meio de campo baixinho e habilidoso começou a aparecer e o Ceilândia ganharia o maior ídolo de sua história: Dorival.

Com 17 anos, Dorival estreou na equipe principal do Ceilândia, no dia 17 de outubro de 1982, no Pelezão, com derrota para o Brasília, por 2 x 0, válido pelo Campeonato Brasiliense desse ano. O Ceilândia formou com Zé Roberto, Evandro (Cícero), Tião, Teixeira e Auro; Alves, Chicão e Dorival; Israel, Valdir (César) e Marquinhos. Técnico: Eurípedes Bueno de Morais.

No mesmo ano, a Comissão Técnica da Seleção do Distrito Federal divulgou a relação dos juniores que integrariam o selecionado brasiliense que disputaria o Campeonato Brasileiro da categoria. Dorival foi um dos convocados pelo treinador Airton Nogueira.

Em 1983 o Ceilândia foi campeão do 1º turno no Campeonato Brasiliense de Juniores de 1983 e o técnico José Antônio Furtado Leal resolveu promover o lançamento de três atletas da equipe de juniores na equipe principal do Ceilândia: o lateral-esquerdo Jair, o meio-campista Dorival e o atacante Cezinha.

Dorival foi novamente convocado para a Seleção Brasiliense de Juniores em 1983, desta vez pelo treinador Josemar Macedo.

Em outubro de 1985, o Taguatinga foi buscá-lo no Ceilândia. Sua estreia no Taguatinga aconteceu em 16 de outubro de 1985, no estádio Serejão, no empate em 2 x 2 com o Gama, em jogo válido pelo 3º turno do Campeonato Brasiliense. O Taguatinga formou com Ronaldo, Índio, Kidão, Zinha e Visoto; Bilzinho, Som e Marquinhos; Aguinaldo, Sena (Dorival) e Serginho Carioca (Boni). Técnico: Mozair Barbosa.

Dorival defendeu o Taguatinga por quatro anos (1985 a 1988), passou pelo Gama em 1989, retornou ao Taguatinga em 1990 e conquistou o título de campeão do DF no ano de 1991.

No dia 6 de dezembro de 1991, a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) premiou com troféus e medalhas os três atletas que mais se destacaram ao longo da temporada de 1991, em 42 modalidades esportivas. No futebol os três indicados foram Dorival e Carlinhos, do Taguatinga, e Renaldo, do Guará, que foi o vencedor.

Os últimos clubes defendidos por Dorival foram o Ceilândia, em 1993, o Sobradinho, em 1994, e o Ceilandense, em 1995.

Profissional, Dorival não abandonou o futebol amador da Ceilândia. Ainda muito jovem já jogava na equipe principal do 26 Futebol Clube. Em 1985 se transferiu para o arquirrival da época, o Real Sociedade, de uma quadra vizinha, onde também foi campeão. Em 1992 jogou pelo Dom Bosco, sendo campeão da cidade.

Em 1993 retornou ao 26 FC onde mais uma vez conquistou o campeonato da Ceilândia e vários outros campeonatos que disputou.

Quis o destino que Dorival não completasse seu jogo de nº 200 pelo Campeonato Brasiliense. Em 12 de novembro de 1995, na manhã de um domingo, o craque Dorival fez o último jogo de sua vida com a camisa do 26 Futebol Clube. Fez o gol da vitória sobre a S. E. Estrela. Poucas horas depois, na parte da tarde, Dorival estava trocando um pneu na beira da pista e foi atropelado, vindo a falecer.

O fatídico acidente vitimou um dos maiores jogadores de futebol da cidade de Ceilândia e do DF.


CARREIRA DE DORIVAL NO CAMPEONATO BRASILIENSE DA PRIMEIRA DIVISÃO

ANO

CLUBE

JOGOS

GOLS

1982

CEILÂNDIA

2

1983

CEILÂNDIA

20

1

1984

CEILÂNDIA

9

1

1985

TAGUATINGA

8

1986

TAGUATINGA

21

1

1987

TAGUATINGA

18

1

1988

TAGUATINGA

23

3

1989

GAMA

8

1

1990

TAGUATINGA

12

1991

TAGUATINGA

24

4

1993

CEILÂNDIA

28

5

1994

SOBRADINHO

14

3

1995

CEILANDENSE

12

1

TOTAL

199

21

 

Boni, Eurípedes Bueno (supervisor), Heitor Kanegae, Marcelo, Bilzão, Samarino, Ronaldo e Zinha; Agachados: Joãozinho, Dorival, Som, Marcelo Freitas, Aguinaldo e Paulo Emílio (massagista).

 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

O QUE ACONTECEU HÁ 60 ANOS: 01 a 31.05.1964

 
 
01.05.1964
Aconteceu a reinauguração do Estádio Ciro Machado do Espírito Santo (melhoramentos introduzidos no estádio, principalmente o sistema de iluminação), de propriedade do Defelê, com capacidade para 8.000 pessoas. Os ingressos foram postos a venda por CR$ 300,00 e CR$ 500,00.
Esteve em disputa a Taça “Luiz Carlos Pujol”. O convidado foi o Vila Nova, de Goiânia, que não quis saber de festas e goleou o anfitrião. A súmula desse jogo foi a seguinte:

Defelê 1 x 5 Vila Nova (GO)
Local: Ciro Machado do Espírito Santo
Árbitro: Aristeu Santana
Renda: CR$ 350.000,00
Gols: Arnaldo, 18; Helvécio, 25; Barizon, 31; Paulinho, 69; Doca, 73 e Helvécio, 76
Defelê: Matil, Zé Paulo (Luziné), Euclides, Parola e Wilson Godinho; Matarazzo e Fino (Baiano) (Reinaldo); Manoelzinho, Bawany, Fernandinho e Arnaldo.
Vila Nova: Célio (Ribamar), Cléver, Orlando, Tido (Donato) e Vando; Zezinho e Maércio; Everton, Barizon (Paulinho), Sete Léguas (Doca) e Helvécio.

03.05.1964

Dois dias depois, ainda fazendo parte das festividades de reinauguração do seu estádio
, o Defelê deu início a um torneio triangular, para o qual convidou o seu maior rival, o Rabello, e o Cruzeiro, de Belo Horizonte, que já contava com o craque Tostão.
O nome do troféu levou o nome do Deputado Guilhermino de Oliveira.
O primeiro jogo foi entre Rabello e Cruzeiro e o time mineiro só conseguiu vencer com um gol no final da partida.
Eis a súmula do jogo:
RABELLO 0 x 1 CRUZEIRO
Data: 3 de maio de 1964
Local: Estádio Ciro Machado do Espírito Santo
Árbitro: Alcebíades de Magalhães Dias, da Federação Mineira de Futebol
Renda: CR$ 761.000,00
Gol: Nísio, 87.
RABELLO: Gaguinho, Aderbal, Mello, Délio e Wilson; Nilo e Beto Pretti; Djalma (Toninho), Amaury (Zé Maria), Ceninho (Calado) e Sabará.
CRUZEIRO: Fábio, Juca, Vavá, Raul Fernandes e Emerson; Nuno (Ilton Chaves) e Piazza; Nerival (Gradim), Paulo (Nísio), Tostão e Hilton Oliveira.

04.05.1964
Em amistoso realizado no campo do Cruzeiro, no bairro Gavião, com portões abertos, o clube local empatou em 3 x 3 com o Guanabara.
Marcaram os gols
Márcio, Paulinho e Walmir para o Cruzeiro e Paulo (2) e Lula para o Guanabara.
O
Cruzeiro alinhou Pedro, Bananal, Fernando, Morales e Dias; Luís e Walter; Márcio, Paulinho, Vitinho e Walmir. Já o Guanabara atuou com Diogo, Nelson, Nelício, Santiago e Agassis; Jair e Lula; Zezé, Paulo, Simplício e Nilson.

06.05.1964
Ao golear o Defelê, o Cruzeiro sagrou-se campeão do torneio em homenagem ao Deputado Guilhermino de Oliveira.
A ficha técnica do jogo apresentou os seguintes dados:
Defelê 1 x 4 Cruzeiro
Local: Estádio Ciro Machado do Espírito Santo
Árbitro: Alcebíades de Magalhães Dias, da Federação Mineira de Futebol
Renda: CR$ 928.000,00
Gols: Nerival, 36; Tostão, 49; Fernandinho, 53; Tostão 51 e 82
DEFELÊ: Matil, Luziné, Euclides, Parola e Wilson Godinho; Matarazzo (Leônidas) e Reinaldo; Manoelzinho, Bawany, Fernandinho e Arnaldo (Alaor Capella).
CRUZEIRO: Fábio (Tonho), Juca, Vavá, Raul Fernandes (Dirceu) e Emerson; Piazza (Brandãozinho) e Ilton Chaves (Nuno); Nerival (Gradim), Paulão (Nísio), Tostão e Hilton Oliveira.

10.05.1964
Foi realizado o Torneio Início da Primeira Divisão de Amadores, disputado no Estádio “Aristóteles Góes”.
Os jogos foram os seguintes:
Grêmio 0 x 0 Cruzeiro (nos pênaltis, vitória do Grêmio, por 3 x 2; Bugue converteu os três para o Grêmio e Morales só dois para o Cruzeiro)
Guanabara 1 x 0 Pederneiras, gol de Jair, 9 do 2º tempo;
Dínamo 2 x 0 Vila Matias, gols de Laerte e César;
Nacional 3 x 0 Grêmio, gols de Diniz, Zezito e Gadinho;
Dínamo 0 x 0 Guanabara (vitória do Dínamo na quarta série de pênaltis; Fernandes cobrou pelo Dínamo e Jair pelo Guanabara);

Final:
Nacional 3 x 0 Dínamo
Árbitro: Aristeu Santana
Gols: Gadinho, 9 do 1º tempo; Zezito, aos 14 e 26 do segundo
Nacional: Chico, Amazonas, Alberto, Logodô e Ferreira; João e Toninho; Diniz, Zezito, Genivaldo e Gadinho.
Dínamo: Araújo, Benincassa, Malta, Lúcio e Fernandes; Expedito e Zé Paulo; Justino, Saul, Gama e Isaías.

O campeão Nacional conquistou a Taça “General Luiz de Toledo” (Presidente de Honra do Central Clube Nacional).

15.05.1964
Mário Saraiva foi eleito presidente da Associação Atlética Guanabara para o biênio 1964/1965.

17.05.1964
Começou o Campeonato Brasiliense de Futebol, categoria Amadores, com a realização de apenas um jogo. No estádio Israel Pinheiro, o Guanabara venceu o Vila Matias, por 2 x 1. Lula e Zezé marcaram para o Guanabara e Jaime fez o único gol do Vila Matias. O árbitro foi Eduino Edmundo Lima.

20.05.1964
Complementando o torneio de reinauguração do estádio do Defelê, no dia 20 de maio de 1964 Rabello e Defelê se enfrentaram. Com uma atuação superior, o Defelê derrotou o Rabello pelo placar de 3 x 1.
O Defelê venceu com Tonho, Luziné, Euclides, Parola e Wilson Godinho; Matarazzo e Reinaldo; Manuelzinho, Alaor Capella, Bawany e Fernando. O Rabello perdeu com Gaguinho, Aderbal, Mello, Betão e Wilson; Nilo e Beto Pretti; Djalma, Fernando, Sabará (Vitinho) e Zé Maria.
Os gols foram marcados por Manuelzinho (no 1º tempo) e Parola e Alaor Capella, no 2º, para o Defelê, enquanto Djalma descontou para o Rabello.
Emílio dos Santos Vieira foi o árbitro do jogo e a renda alcançou CR$ 190.000,00.

24.05.1964
Em jogo válido pelo campeonato brasiliense de amadores, no estádio Israel Pinheiro o Dínamo derrotou o Cruzeiro por 3 x 0, gols de Isaías, Justino e Edinho. Emílio dos Santos Vieira foi o árbitro e a renda alcançou CR$ 13.500,00.


Também neste dia teve início uma pequena excursão da Ferroviária, de Araraquara (SP), por campos de futebol de Brasília.
O primeiro adversário foi o Grêmio e a súmula desse jogo foi a seguinte:
Grêmio 0 x 5 Ferroviária, de Araraquara
Local: Vasco Viana de Andrade
Árbitro: Aristeu Santana
Renda: CR$ 750.000,00
Gols: Tales, 13; Alencar, 19; Rezende, 64; Zé Maria, 76 e Paulinho, 80
Grêmio: Weldas, Saldanha, Clemente e Bimba (Walter); Martins e Joãozinho (Orlando); Itiberê (Azulinho), Nobre, Avancini (Aragão), Bugue (Jaimir) e Sérgio.
Ferroviária: Toninho, Geraldo, Fogueira (Fernando Sátiro), Rodrigues e Galhardo (Zé Maria); Adão e Capitão; Paulinho, Alencar (Coquinho), Tales (Wilson) e Rezende (Pio).

Enquanto a Ferroviária se exibia em Brasília, no mesmo dia 24 de maio de 1964, o Rabello conseguia expressivo triunfo na cidade de Luziânia, abatendo a representação do Luziânia Esporte Clube pela contagem de 5 x 2.
O Rabello começou impondo seu jogo e marcou dois gols, aos 9 e 23 minutos, ambos através de Vitinho. Ainda no 1º tempo, Invasão empatou para o Luziânia também marcando dois gols, aos 24 e 34 minutos. Amaury voltou a colocar o Rabello na frente ao marcar o terceiro gol aos 36 minutos. No 2º tempo, Beto Pretti, aos 26 minutos, e Djalma, aos 44, definiram o marcador em favor do Rabello.
Formou o Rabello com Chicão (Gaguinho), Aderbal, Mello, Betão e Ivan; Farneze e Beto Pretti; Sabará, Djalma, Amaury e Vitinho (Ayres). O Luziânia atuou com Marreco, Coquinho, Félix, Osmar e Tiãozinho; Peru e Tomé; Bubu, Invasão, Carlos e Oscar.
Nero Dias Nogueira foi o árbitro.
Neste jogo Edilson Braga assumiu a direção técnica do Rabello. O treinador Didi de Carvalho havia solicitado licença por um período de 30 dias.

27.05.1964
Repetindo a boa exibição que fez diante do Grêmio, em 27 de maio de 1964 a Ferroviária voltou a vencer em Brasília, desta feita a equipe do Rabello.
Exibindo um futebol fácil, prático e objetivo, a Ferroviária alcançou um triunfo justo e sem qualquer contestação.
A Ferroviária alcançou o tento inaugural aos 15 minutos do 1º tempo, por intermédio de Alencar, concluindo um ótimo passe de Capitão. Aos 28 minutos, a Ferroviária aumentou para 2 x 0, com um gol de Tales, que se aproveitou de falha do zagueiro Melo. No 2º tempo, aos 26 minutos, nasceu o primeiro gol do Rabello, assinalado por Ayres, que entrara em substituição a Vitinho. O empate veio aos 29 minutos, com um gol de placa de Beto Pretti. Djalma cobrou escanteio para dentro da área, Farneze subiu e cabeceou para Beto Pretti que, de costas para o gol, atirou de calcanhar, surpreendendo o goleiro.
Ainda estavam comemorando o gol de empate os jogadores do Rabello quando foram surpreendidos pelo terceiro gol da Ferroviária, marcado por Rezende, aos 32 minutos.
Aos 42 minutos surgiu o último tento da peleja, consignado por Alencar, recebendo um passe de Tales.
O Rabello jogou com Gaguinho, Aderbal, Melo, Betão e Ivan; Farneze e Beto Pretti; Sabará, Djalma, Amauri e Vitinho (Ayres). A Ferroviária formou com Toninho, Geraldo, Fogueira, Rodrigues e Galhardo; Hugo e Capitão; Coquinho, Alencar, Tales e Rezende. Técnico: José Agnelli. Na fase derradeira entraram Fernando Sátiro, Paulinho e Zé Maria.
Dirigiu o jogo com boa atuação Nero Dias Nogueira. A renda do encontro foi de CR$ 1.050.000,00.

28.05.1964
Em mais um jogo pelo campeonato brasiliense de amadores, em seu campo (Aristóteles Góes) o Nacional venceu o Grêmio por 2 x 0, gols de Zezito e Alemão. O árbitro foi Jorge Cardoso.

30.05.1964
A Ferroviária despediu-se dos gramados de Brasília, aplicando mais uma goleada, desta vez no Defelê. A ficha técnica do jogo apresentou os seguintes detalhes:

Defelê 0 x 5 Ferroviária
Ciro Machado do Espírito Santo
Árbitro: Emílio dos Santos Vieira
Renda: CR$ 375.000,00
Gols: Tales, 15 e 24; Alencar, 29; Paulinho, 54 e Tales, 62
Defelê: Tonho, Luziné, Euclides (Múcio), Parola (Bosco) e Wilson Godinho; Matarazzo (Leônidas) e Reinaldo; Manoelzinho, Bawany, Alaor Capella (Arnaldo) e Fernandinho.
Ferroviária: Toninho, Geraldo, Fogueira (Zé Maria), Rodrigues e Galhardo; Hugo (Fernando Sátiro) e Capitão (Coquinho); Paulinho, Alencar, Tales (Wilson) e Rezende (Pio). Técnico: José Agnelli.

31.05.1964
Três jogos foram realizados pelo campeonato brasiliense de amadores.
No
Aristóteles Góes, Nacional e Pederneiras empataram em 1 x 1. Zezito marcou para o Nacional e Russo fez o gol do Pederneiras.
No Israel Pinheiro, com dois gols de Abel e um de Ézio, o Cruzeiro venceu o Vila Matias por 3 x 1. Jaime marcou o gol de honra do Vila Matias. A renda foi de CR$ 18.500,00.
O Grêmio recebeu o Dínamo em seu campo, o Vasco Viana de Andrade, e foi goleado por 3 x 0. Justino, duas vezes, e Saulzinho marcaram os gols do jogo, que teve Nilzo de Sá como árbitro. A renda foi de CR$ 4.000,00.